quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dia-após-dia me pergunto
O motivo desse amor que não me deixa,
Desses olhos que me perseguem
Todas as noites;
Olhos que sabemos bem
Quais adjetivos empregar.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Nossa palavra


O que me traduz
É o inverso sofrido de tudo que quis
E o que planejei foi apenas te fazer feliz,
Verdade absoluta do meu peito
Que pulsa descompassado
Por não mais saber de ti;
As mentiras tão verdadeiras que nos regem
São inocentes feridas escondidas,
Clamam em silêncio pela cura,
Por essa paz que se torna obscura
Por não vir jamais;
Por não ser capaz...
Se eu pudesse escolher
Nem precisaria dizer,
Encaixaria você num encaixe perfeito de ser..
E até o sol brilharia mais forte
E pra nós já não haveria morte,
Porque o amor é o escudo de tudo e mais...
Onde você está é inútil saber,
O real lugar é aqui no meu ser,
Totalmente dentro de mim
Como palavras que doem ao sair.
A palavra que te traduz é a mesma que te induz
E que a tua seja encontro
Porque a minha já cansou de ser saudade.

domingo, 16 de fevereiro de 2014






Estar só é relativo,
Sempre existem pessoas ao redor,
Quase sempre insignificantes,
Nada ao redor é positivo.
Ninguém se importa com nada
E meu grande aprendizado
É também não me importar,
Aprender a sangrar pra dentro e calada.
Isso já faço, meio caminho andado;
Mais uma mudança,
Menos uma herança, mais uma dor,
Ainda mais cobrança.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Madrugada


Estou me sentindo tão só que chego a ter dó de minha própria alma confusa a procurar motivos desesperados pra continuar, como naquela música da legião urbana "estou acordada e todos dormem", agora escrevo pra espantar esse vazio corrosivo que me habita.
Meu Deus, como eu erro e em meus erros envolvo pessoas que não deveriam jamais estarem envolvidas, vidas saudáveis que eu covardemente trago pra perto de mim pelo meu medo da solidão e no meio de tudo isso me apego e sofro ainda mais quando me deparo novamente com o estado de sentir-me só rodeada de pessoas. Percebo a inutilidade de meus atos e a hipocrisia de minhas palavras que se esvaem impiedosamente.
Mais uma madrugada dolente nos braços da tristeza, caindo na graça do acaso e redescobrinco a agonia de chorar sem consolo, sem ombro, sem beijos no fim.
Sou um fracasso de alma.