quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Depois de um tempo sem publicar aqui eu resolvi voltar hoje, simplesmente por eu estar me sentindo tão mal a ponto de despertar em mim aquela nostalgia que sempre acaba por me trazer de volta.
De resto não há muito a dizer, existe muita coisa acontecendo internamente, os pensamentos se confundem, em certos momentos eu quero viver muito, em outros morrer logo e num terceiro momento eu tenho medo da morte; dizer qual dessas etapas me traduz verdadeiramente é difícil, mas eu ainda quero ir aquele igarapé e ainda quero fazer várias coisas, isso é sincero sim.
Antes eu lembro que vivia estática demais, eu consigo lembrar dos meus dias parados e aquilo me incomodava tanto.. acordar tarde e às vezes cedo (dependia do meu humor) enrolar pra tomar banho (ainda faço isso) acabar tomando café antes do banho e nos dias de depressão nem tomar banho (quem passa por isso sabe do que estou falando) ligar a tv pra ver meu desenho preferido (conseguia perder quase sempre) desligar a tv e ligar o som, pegar meus cadernos e livros e tentar produzir.. nos dias felizes eu conseguia compor algo bom e nos mais felizes ainda eu fazia um belo poema, isso me completava (penso eu). No fim da tarde eu pegava o violão e saía com algum amigo, ou sozinha, pra ver o pôr-do-sol e cantar.. cantar pra espantar a tristeza por uma vida que eu começava a sentir em carne viva e não entendia a razão (ainda não entendo). No fim da noite eu voltava pra casa, quase sempre mais triste do que antes por ter que voltar e adormecia de cansaço por tanto pensar, ou ler ou pelo pior dos cansaços que é aquele que vem depois de tanto você olhar pra tv sem fazer nada..
Lendo assim até parece que eu levava uma vida boa no sentido de "não trabalhar e poder fazer o que quisesse", no entanto tudo era regado por um tanto de humilhações e dificuldades que toda a pessoa que precisa aprender a andar sozinha, passa. Era todo esse "não fazer nada" pela minha vida de adulta que se iniciava que me deixava mal, eu me sentia estática.
Agora, eu não tenho condições de ter dias como aqueles, o tempo é pouco, as responsabilidades são muitas e o cansaço (não aquele por olhar pra tv, mas aquele por ter que manter a vida de pé, trabalhar, estudar, pagar contas, manter o relacionamento bem, cuidar de si e das "vertentes") suga a energia; então.. agora é tudo totalmente diferente e ainda assim me sinto estática.
QUE DIABOS HÁ DE ERRADO? QUAL É A RESPOSTA PRA ESSA VIDA?
Eu acho que morrerei não sabendo, todos morrem assim eu suponho. Que coisa triste é vir até aqui, tentar de todas as formas e não conseguir decifrar nada.
Ainda há quem chame isso de "capenga", mas o amor é a única coisa que preenche de verdade, seja qual for o tipo de amor e como ele venha, entregar-se e viver um sentimento intenso é impagável; no final a vida acaba sendo dificil mesmo, confusa, arriscada (muito embora o maior risco seja a morte e disso já temos certeza) de modo que vive-la sem amor é tortura e tortura em vão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário